Um universo sessentista mergulhado na atualidade! Esta pode ser uma descrição rápida do som da banda Doutor Jupter, que hoje é fruto da afinidade musical e ideológica de quatro ribeirão-pretanos que encararam, em 2006, a mudança para São Paulo a bordo de uma Veraneio ano 79. Um início difícil em território desconhecido, superado com muita garra e determinação. Entre pinceladas, marteladas e serviços improvisados de mecânica, o grupo também conseguiu espaço para apresentar seu som e mostrar o que realmente veio fazer em São Paulo. As dificuldades eram esperadas e a superação necessária. Enfrentaram de tudo: a falta de grana, a distância da família, um carro problema e até um baterista de braço quebrado em um mês com 17 shows. Shows: matéria levada muito a sério pelo quarteto, o alicerce da carreira da banda Doutor Jupter. A vivência e a dinâmica dos palcos acrescentaram muito ao som da banda. O combo jupteriano busca uma receita energética, usando elementos que vão na contramão de recursos eletrônicos e se constroem em bases rítmicas que passeiam pelo Rockabilly, Jazz e Country. Um rock alegre, com letras apaixonadas em melodias contagiantes, e que faz dançar. Guitarras com pouca distorção, o violão que ajuda a balançar, uma cozinha sólida e pulsante, aliados a um vocal ora rasgado, ora sussurrado, compõem a proposta sonora da banda Doutor Jupter. Uma pequena amostra deste trabalho pode ser conferida no novíssimo EP, produzido por Edgard Scandurra, que apresenta em quatro faixas uma sonoridade própria, com arranjos simples e consistentes. A gravação analógica ajudou a criar o ambiente épico e peculiar que o grupo buscava. Destaque para as faixas “Pelo Espaço” e “Se Você Voltar”.
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